
Farmacocinética
O GHB é um lípido com uma baixa ligação a proteínas plasmáticas, pelo que atravessa rapidamente a barreira hemato-encefálica, iniciando a sua ação neurodepressora. Essencialmente metabolizado, através de enzimas mitocondriais e citosólicas, também entrar numa via alternativa onde sofre β-oxidação. Destas duas vias, o produto formado entra no ciclo de Krebs e é excretado sob a forma de CO2 e H2O.

Estrutura do GHB
Existe, no entanto, alguma excreção renal de GHB inalterado.
Para a sua deteção, quer no sangue quer na urina, a janela é demasiado estreita devido ao seu tempo de semi-vida reduzido, impedindo a confirmação analítica em casos de intoxicação. Atualmente ainda não estão desenvolvidos métodos que permitam a deteção do GHB mais rapidamente pelo que os métodos utilizados na análise ainda permanecem os métodos cromatográficos tradicionais.
Além do GHB existem outras duas substâncias que funcionam in vivo como precursores do GHB, nomeadamente o GBL (γ-butirolactona) e o BD (1,4 butanediol), pela ação de lactonases.
SSA redutase
GHB desidrogenase
GHB
semialdeído succínico
GABA transaminase
SSA desidrogenase
ácido succínico
GABA
β-oxidação
Ciclo de Krebs
CO2 e H2O
Referências:
[1] Brennan, R. and M. C. Van Hout (2014). "Gamma-hydroxybutyrate (GHB): a scoping review of pharmacology, toxicology, motives for use, and user groups." J Psychoactive Drugs 46(3): 243-251.
[2] Busardò, F. P., & Jones, A. W. (2015). GHB Pharmacology and Toxicology: Acute Intoxication, Concentrations in Blood and Urine in Forensic Cases and Treatment of the Withdrawal Syndrome. Current Neuropharmacology, 13(1), 47–70.
[8] Chin, M. Y., Kreutzer, R. A., & Dyer, J. E. (1992). Acute poisoning from gamma-hydroxybutyrate in California. Western Journal of Medicine, 156(4), 380–384.
[9] Thomson Health Care Inc.; Physicians' Desk Reference 62 ed., Montvale, NJ 2008, p. 1722.
Ligações úteis:
- Faculdade de Farmácia da Universidade do Porto
- CIAV
- Associação Portuguesa de Toxicologia